Estamos diante de um cenário inédito, a crise ocasionada pela pandemia COVID-19, somada a crise política, somada a desarmonia entre os poderes, somada a inabilidade e incoerência das autoridades, nos resulta um quadro entristecedor, resultando invariavelmente para uma grande crise econômica, cujos primeiros efeitos vem causando enormes danos para a sociedade.
Algo em comum que este cenário nos proporcionou foi a oportunidade para profunda reflexão sobre a vida, sobre o que realmente importa, e sobre os negócios, essa pausa para reflexão era impraticável para grande maioria da população, simplesmente por estarmos imersos em nossas rotinas e compromissos. E diante da incerteza que nos cerca, somos obrigados a refletir também sobre as soluções para os problemas que estão a nosso alcance de resolução e são passiveis de conversão, os resultados virão, mesmo que vagarosamente.
As crises econômicas geralmente estão relacionadas a queda de faturamentos, desemprego, e resultados negativos e insatisfatórios. Porém, as crises são passageiras e podem gerar oportunidades para empreendimentos que conseguem manter uma estrutura sólida e eficiente, eliminando os desperdícios de esforço, material e tempo. Essas empresas conseguem aproveitar melhor os recursos internos e entregam produtos e serviços agregando valor de mercado e se mantendo ativa perante seus clientes e parceiros. Compreender todo este cenário e estar emocionalmente estável será importante para suportar a crise, pois qualquer que seja o caminho, por mais difícil que o seja, sempre é melhor estar emocionalmente preparado para repensar e adaptar-se às novas alternativas que virão.
Torna-se fundamental a reconsideração dos planos a das estratégias de atuação, elaborar um planejamento fundamentado nas circunstancias econômicas e sociais da atualidade, ferramentas administrativas como o CANVAS e SWOT, quando bem elaboradas, elucidam as diretrizes e as estratégias para direcionamento de seus projetos e negócios.
Considere também a revisão de custos e despesas e mantenha seus dados internos organizados e consolidados, recomenda-se classifica-los em três:
Quais custos e despesas poderão ser reduzidos ou cortados?
Quais dívidas em andamento poderão ser renegociadas?
Quais custos e despesas não poderão ser reduzidos ou cortados?
Não menos importante é o fluxo de caixa, elemento importante para suportar a crise, entretanto, são muitos os casos que não possuem uma reserva apropriada, se este for o seu caso, objetivando aporte financeiro, estude a viabilidade de obter as linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para tal finalidade, as condições para obtenção e amortização estão sendo facilitadas, conforme medidas divulgadas pela Federação Brasileira dos Bancos. As alternativas mais comuns são as concedidas pelo BNDES, Banco do Brasil, e Caixa Econômica Federal, entre outros.
Outra alternativa a ser considerada neste momento de crise é a possibilidade de novas parcerias ou até mesmo associações com outras empresas e profissionais do mesmo segmento ou segmentos paralelos, esta alternativa pode reduzir substancialmente os custos e otimizar os resultados, entretanto requer uma intensa reflexão sobre os impactos na cultura organizacional dos envolvidos, já que passarão a compartilhar estruturas e rotinas, nestes casos, boa comunicação, transparência e coerência entre todos os envolvidos são bons pilares de sustentação.
Boa sorte e resiliência!